“A Melhor Dieta para Alívio de
Fibromialgia e Outras Dores Crónicas”
A fibromialgia é um problema comum cuja manifestação principal
é dor crónica e espalhada. Bem, não tão comum, afetando
2 a 4% da população embora provavelmente
apenas 2%, e especialmente mulheres.
Durante décadas, alguns profissionais
médicos desconsideraram a fibromialgia como algo na mente das pessoas, mas esta
visão ultrapassada tem sido refutada por pesquisa mais recente
caracterizando-a como uma desordem da regulação da dor e sensibilização.
Estudos de imagiologia cerebral mostraram
várias perturbações do processamento e regulação da dor,
que amplificam a dor nestes pacientes.
Estudos em gémeos mostraram que
cerca de metade da fibromialgia é genética mas a outra metade é algo
que podemos mudar. Há muitos fármacos (com
muitos efeitos colaterais) que ajudam alguns dos sintomas, mas e quanto
a abordagens de estilo de vida? A prática de atividade física
regular é considerada imperativa para a gestão eficaz
da fibromialgia. Uma revisão sistemática
e meta-análise de estudos randomizados
controlados sobre a eficácia do exercício
terapêutico na fibromialgia verificou que exercícios
aeróbicos e também de força são formas eficazes de reduzir a dor e melhorar o bem-estar global
em pessoas com fibromialgia.
Os pacientes podem
sentir que o exercício piora a sua dor e fadiga, por isso é necessário começar com calma
e ir aumentando até tolerar, com o objetivo de eventualmente
atingir 30 a 60 minutos de exercício aeróbico de
intensidade moderada, para além de exercício de fortalecimento muscular
(1 a 3 conjuntos de 8-11 exercícios, 8-10 repetições com
uma carga de 3 kg ou 45% do máximo
que conseguir levantar) Mas e quanto a intervenções
dietéticas em termos de diminuir a sensibilidade à dor?
Bem, qual a sua causa
em primeiro lugar?
Inflamação. Durante a resposta inflamatória,
os receptores da dor são ativados, e inflamação crónica
pode causar ativação crónica, o que pode causar dor crónica,
devido a esta hipersensibilização prolongada das vias da dor. Não admira, então,
que uma dieta pró-inflamatória tenha sido associada
com hipersensibilidade à dor em pacientes com
síndroma de fibromialgia.
Exatamente quais os
alimentos que são pró-inflamatórios e quais os alimentos
que são anti-inflamatórios?
Veja estes 2 vídeos,
mas falando em geral os componentes de alimentos
processados e produtos animais, como gordura saturada,
gordura trans e colesterol, são pró-inflamatórios, enquanto os constituintes
de alimentos vegetais inteiros como fibra e fitonutrientes,
são fortemente anti-inflamatórios.
A ingestão de fibra alimentar,
encontrada concentrada em apenas um sítio —
alimentos vegetais inteiros — é fundamental para reduzir
não só o risco de dor abdominal mas também dor
dos músculos e das articulações, pensa-se que seja devido
a ácidos gordos de cadeia curta que os micróbios intestinais benéficos
produzem quando comemos fibra. Estes ácidos gordos de cadeia curta
são importantes mediadores da dor, fundamentalmente porque
modulam a inflamação.
Então ter muitos micróbios que
comem fibra no cólon é como carregar a nossa própria fábrica
de compostos anti-inflamatórios.
Mas para os cultivar é necessário comer os alimentos
que são o alimento deles.
E em termos de fitonutrientes,
os polifenóis derivados de plantas são amplamente reconhecidos pela ação
como substâncias anti-inflamatórias. Aqui estão alguns alimentos carregados
com nutrientes das vias anti-dor: frutos silvestres, verduras, citrinos, oleaginosas especiarias como curcuma e gengibre,
edamame, e chá verde.
É por isso que fazemos ensaios
randomizados duplo-cegos cruzados mostrando que cerca de 3 copos
de morangos por dia pode significativamente melhorar
a dor e a inflamação.
Se isso é o que uma
única planta pode fazer, e que tal uma dieta
cheia de alimentos vegetais? Pessoas numa dieta
estritamente vegetal rica em fruta e vegetais frescos, cereais
integrais e várias leguminosas, ou seja feijões, ervilhas,
grãos-de-bico, e lentilhas, assim como oleaginosas
e sementes, e podemos baixar a proteína C-reativa
em 33% em 3 semanas, que é um marcador sanguíneo
de inflamação sistémica.
Mas será que isso
significa menos dor?
E a resposta é sim, no que
diz respeito a enxaquecas. Sim, no que diz respeito
a menstruação dolorosa. Uma significativa redução em dor
menstrual, duração de dor e intensidade além de sintomas pré-menstruais. De facto, uma única planta, a canela, com cerca de 1/3 de colher de chá 3
vezes por dia durante o período pode ajudar, embora não
funcione tão bem como ibuprofeno. O pó de gengibre,
por outro lado — gengibre moído — foi comparável ao ibuprofeno
em aliviar a dor em mulheres com cólicas dolorosas.
Pode saber mais no
meu vídeo sobre o tópico.
Dietas à base de vegetais inteiros
também aliviam os sintomas de osteoartrite. Vários estudos mostraram
melhorias em sintomas de artrite reumatóide em dietas
excluindo produtos animais, embora pode ser também
uma função de aumentar a quantidade
de alimentos vegetais saudáveis.
Mas não é só porque as dietas
de base vegetal são tão eficazes em causar perda de peso,
pois mesmo com pesos iguais há uma melhoria
em artrite reumatóide de dietas mais baseadas em plantas.
E as dietas de base vegetal podem
também aliviar os sintomas de fibromialgia.
Este é o último estudo,
onde participaram quem tinha dor crónica musculoesquelética,
fibromialgia ou não. Sim, as dietas ricas em proteína e
gordura animais foram relacionadas a dor crónica e inflamação,
enquanto as dietas de base vegetal produzem respostas
anti-inflamatórias.
Então, funcionou realmente
quando testaram a dor?
Sim. Uma dieta de base vegetal produziu melhorias na dor crónica e função. Que valor? Bem, uma diferença mínima
clinicamente importante na dor crónica musculoesquelética
constitui 1 ponto na Escala Numérica de Pontuação da Dor,
que é uma escala de 1 a 10, sobre quanta dor se sente.
E na dieta de base vegetal a dor sentida
diminuiu em média 3 pontos na escala de 10 pontos, de uma média de 5 ou 6
até 2. Ora, ao contrário de estudos
anteriores, não houve grupo de controlo, mas qual é a desvantagem de tentar
comer mais saudável?
De facto, pessoas com dor crónica
têm maior probabilidade de peso alto e têm problemas relacionados
com nutrição como hipertensão, diabetes, e doença crónica,
e elas podem ser prevenidas, paradas, e em alguns casos
até revertidas com uma dieta de
base vegetal saudável. Então, algum benefício na dor
é apenas a cereja no cimo do bolo da saúde. Uh… apagar isso. Que tal… o pedacinho de guacamole
no seu burrito de feijão.
Poderá ver o vídeo no youtube Aqui
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