Muita gente que pensa em empreender esbarra
na barreira do capital inicial.
Então, a gente quer empreender, quer ter
um negócio próprio, mas aí começa a pensar: “mas eu não tenho todo o dinheiro, não tenho
todo o capital inicial” e aí parei. Para pessoas que pensam em empreender e esbarram
na barreira do capital inicial, a minha primeira dica é que essas pessoas estudem mais a trajetória
dos empreendedores. Escolha aí quatro, cinco, seis empreendedores
que você admira no Brasil e fora do Brasil, e estude um pouco mais da história desses
empreendedores.
Você vai-se surpreender que todos esses empreendedores,
a imensa maioria tinha muito menos recursos do que você agora, proporcionalmente. Esses empreendedores começaram com muito
menos dinheiro, começaram de uma forma muito amadora e não demandavam de tanto capital.
Eles simplesmente foram lá, foram tentando
elaborar algumas estratégias e conseguiram desenvolver um negócio. Então, para quem acredita que capital inicial
é uma barreira, primeiro estude a história dos empreendedores.
Você vai perceber que isso, na verdade, é
mais uma barreira mental, do que muitas vezes, uma barreira mesmo que tem para o negócio.
E ao estudar isso, você vai perceber que
quase a totalidade dos empreendedores começaram com capital próprio.
O que é que é capital próprio?
Muitas vezes é um dinheirinho que você guardou,
muitas vezes é um bem que você vendeu, um veículo, algum item que tinha algum valor
e você vendeu esse equipamento e conseguiu recursos. Então, boa parte das pessoas começa o negócio
com capital próprio e com muito pouco.
Mas hoje, no Brasil, a gente tem algumas alternativas
para além do capital próprio. Essas alternativas normalmente são muito
exclusivas para alguns tipos de negócio, mas se você for um visionário, for realmente
um empreendedor, muito provavelmente você vai ter chance de captar esse recurso.
O que é que é o primeiro recurso?
O primeiro recurso que a gente tem hoje e
que é pouco utilizado é um recurso que é oferecido por algumas agências, algumas fundações
de amparo à pesquisa.
No Estado de São Paulo, por exemplo, a gente
tem a FAPESP. A FAPESP é a fundação para a pesquisa do
Estado de São Paulo e a FAPESP tem uma linha chamada PIPE que é “pesquisa inovativa na
pequena empresa”.
O PIPE oferece R$200.000 para as pessoas desenvolverem
um protótipo de uma inovação tecnológica. Se você tem uma ideia de uma inovação tecnológica,
a FAPESP abanca R$200.000. Você vai ter até nove meses para colocar
esse protótipo em funcionamento.
Esse recurso é um recurso não reembolsável,
não é um empréstimo.
O dinheiro é praticamente dado, você só
tem que devolver os relatórios, escrever alguns relatórios explicando como é que
foi o projeto, aonde é que o dinheiro foi utilizado, quais são os resultados do projeto. Então, o dinheiro é dado para o empreendedor
para ele desenvolver o protótipo. O protótipo funcionou, o protótipo está
funcionando, você quer levar isso ao mercado; a FAPESP tem uma segunda fase do PIPE.
Nessa segunda fase, você consegue captar
até um R$ 1.000.000 para colocar o protótipo e levar isso ao mercado.
Você tem R$1.000.000 para fazer isso até
dois anos, para transformar aquela sua ideia de inovação tecnológica em um negócio. Então o PIPE da FAPESP… Outros estados têm programas similares. Em outros estados o PIPE se chama PAPPE e
você tem esse recurso.
Então, o PIPE é uma alternativa para aqueles
empreendedores que pensam em inovação tecnológica. Uma outra alternativa também, que a gente
tem trabalhado, é um tipo de investimento chamado “investimento anjo”. O investimento anjo ainda é muito pouco conhecido
no Brasil.
Ele é muito pouco praticado, mas ele tem
crescido.
O que é que é basicamente o investidor anjo?
O investidor anjo é uma pessoa física que
tem algum recurso ( ele tem aí cinquenta mil, cem mil, duzentos, quinhentos mil até
um milhão, milhão e meio de reais) e ele tem interesse em investir num novo negócio.
Então, em vez de investir no mercado financeiro,
em vez de comprar ações em bolsa, em vez de comprar um novo carro, em vez de comprar
um novo apartamento, ele decide fazer um aporte num negócio que tem uma alta probabilidade
de crescimento.
Então, basicamente, negócios que captem
investidores anjo são negócios que têm altissiomo potencial de crescimento. Então o investidor quer basicamente comprar
uma participação no negócio que vai ter alto potencial de crescimento.
Você tem outras alternativas de captação
de recursos que são alguns empréstimos bancários.
Os bancos hoje têm criado linhas específicas
para o pequeno empreendedor; a gente tem uma categoria chamada “microcrédito” que funciona
muito para aquele empreendedor que precisa captar três mil, quatro mil, cinco mil reais. Normalmente são microempreendedores individuais.
Depois você tem algumas linhas para negócios
um pouco maiores e você tem alguns bancos que oferecem linhas especiais para quem pensa
em montar franquias.
Então, alguns bancos oferecem um crédito
especial para que você monte uma franquia.
Você tem outras alternativas que são alternativas
mais pontuais, se você tem um negócio que tem mais potencial de crescimento. É uma linha que a gente chama de “capital
semente” e tem uma outra linha chamada de “venture capital”. São negócios com um crescimento muito mais
explosivo, um crescimento muito mais exponencial. Aí você deveria estudar um pouco mais de
capital semente ou de “seed capital” (às vezes é trabalhado em inglês mesmo) e também
estudar um pouco mais de venture capital, se você realmente tem um negócio que tem
altíssimo potencial de crescimento nas mãos.
Poderá ver o vídeo no youtube Aqui
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